sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CRIANÇA INTERIOR - E SE VOCÊ ENCONTRASSE A SUA?


TEORIA DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR






A Constelação Familiar é uma abordagem terapêutica criada pelo alemão Bert Hellinger a partir de muitos anos de observação de fenômenos que ocorriam em grupos terapêuticos que ele coordenava. A prática gerou a teoria, e não o inverso. O trabalho não se baseia em teorias psicológicas previamente estabelecidas. Trata-se de uma prática fenomenológica, e sua fundamentação é principalmente antropológica, filosófica e humanística. 

Hellinger desenvolveu seu método a partir de observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia familiar, dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações.

A base conceitual desta abordagem pode ser resumida assim: Além do inconsciente individual (Freud) e do inconsciente coletivo (Jung) existe também segundo Hellinger, um inconsciente familiar compartilhado pelos membros de uma mesma família e que se transmite às gerações seguintes, e que é estruturado a partir de todos os acontecimentos que compõem a história da família (nascimentos, mortes, uniões, separações, rejeições e exclusões, sucessos, fracassos, padrões de conduta, etc...).

Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e “consciencia pesada”, e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido de algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores:

· l - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã
· ll - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos
· lll - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã

As ordens do amor são forças dinâmicas e articuladas que atuam em nossas famílias ou relacionamentos íntimos. Percebemos a desordem dessas forças sob a forma de sofrimento e doença. Em contrapartida, percebemos seu fluxo harmonioso como uma sensação de estar bem no mundo. 

A “constelação familiar” consiste em um método no qual um cliente apresenta um tema de trabalho e, em seguida, o terapeuta solicita informações factuais sobre a vida de membros de sua família, como mortes precoces, suicídios, assassinatos, doenças graves, casamentos anteriores, número de filhos ou irmãos.

Com base nessas informações, solicita-se ao cliente que escolha entre outros membros do grupo, de preferência estranhos a sua história, alguns para representar membros do grupo familiar ou ele mesmo. Esses representantes são dispostos no espaço de trabalho de forma a representar como o cliente sente que se apresentam as relações entre tais membros. Em seguida, guiado pelas reações desses representantes, pelo conhecimento das "ordens do amor" e pela sua conexão com o sistema familiar do cliente, o terapeuta conduz, quando possível, os representantes até uma imagem de solução onde todos os representantes tenham um lugar e se sintam bem dentro do sistema familiar.

Nos anos recentes (2003-2005), Hellinger apurou sua forma de trabalho para um desenvolvimento ainda mais abrangente, que ele denominou de "movimentos da alma". Estes abrangem contextos mais amplos do que o grupo familiar, tais como o grupo étnico. Descobriu e descreveu ainda os efeitos das intervenções (chamado de “ajuda”) e os princípios que efetivamente norteiam a ajuda efetiva, criando assim também as chamadas “ordens da ajuda”.

A abordagem apresenta uma vasta gama de aplicações práticas devido aos seus efeitos esclarecedores no campo das relações humanas, como:

· melhoria das relações familiares
· melhoria das relações interpessoais nas empresas
· melhoria das relações no ambiente educacional

Tais aplicações deram início a abordagens derivadas, denominadas de constelações familiares, constelações organizacionais e pedagogia sistêmica.

Este método não requer que a família esteja presente. Pode-se trabalhar com um só membro, todo o sistema familiar. A Constelação Familiar é um método eficaz e poderoso, para reconhecer emaranhamentos na vida familiar do ser humano. Ela pode promover a compreensão das situações problemáticas vividas na família produzindo relaxamento e bem-estar.

Embora os participantes de sessões de Constelações Familiares reportem resultados positivos (Cohen 2009; Cohen 2005; Franke 2003; Lynch & Tucker 2005; Payne 2005), a abordagem diverge explicitamente de muitas psicoterapias cognitivas, comportamentais e psicodinâmicas. Como o método utilizado pelas Constelações Familiares não se deixa ser validado empiricamente por métodos de investigação científicos, só pode ser defendido numa abordagem fenomenológica.


Referências Bibliográficas
http://jcsantiago.com/cf.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%B5es_familiares
http://www.latec.ufrj.br/desenvolvimentopessoal/index.php/artigos/110-constelacao-familiar.html

CAMINHOS DA REPORTAGEM - PROGRAMA CRACK


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

LIVRO: VIDA E MORTE

Psicoamigos,

Comecei a ler esse livro VIDA E MORTE - Laços da Existência, durante esta semana e tenho achado muito interessante. Ainda estou no inicio e nas primeiras páginas e considerei uma leitura tão atrativa que venho recomendá-los a leitura.
O livro aborda as várias formas de luto que o ser humano vivencia ao longo de sua existência, não apenas o luto de morte, mas o luto caracterizado também através da separação, o luto através da existência de uma doença que conduz o ser humano a fase terminal, o luto existente através da morte de si mesmo ou seja, suicídio e diversos outras maneiras em que vivenciamos a dor do luto da separação, da finitude de algo.

"Pois o novo só pode surgir com abdicação do velho" (BYINGTON, 1979, P.22)

Livro: VIDA E MORTE - Laços da Existência/ Maria Helena Pereira Franco 2 ed. São Paulo