quarta-feira, 19 de junho de 2013

DICA!


ATENÇÃO AOS SINAIS...


PORQUE FAZER FACULDADE DE PSICOLOGIA?


Muitas pessoas se interessam pelos conhecimentos da psicologia e vejo todos os dias que muita gente gostaria de fazer a faculdade de psicologia. Neste texto, vou falar sobre os motivos para se fazer e para não se fazer a faculdade, inclusive o que me levou a passar 4 anos e meio em São João del-Rey, na UFSJ, como estudante do curso.
É muito comum nas primeiras aulas da faculdade os professores perguntarem aos calouros o porque de terem escolhido ingressar para aquela disciplina ao invés de ter escolhido entre outras centenas de oportunidades. No caso da psicologia, é frequente vermos respostas como:
“- Eu adoro ouvir meus amigos e dar conselhos”.
“- Sou um bom ouvinte (ou uma boa ouvinte)”.
“- Gosto de ajudar os outros e na psicologia vou poder ter conhecimentos para ajudar de forma profissional”.
-”Quero me conhecer e vejo nesta faculdade a oportunidade de me conhecer melhor”.
Todas estas respostas são válidas, mas na minha opinião podem trazer consequências negativas. Por exemplo, a última resposta é estranha. Se a pessoa quer se conhecer, não é melhor – e mais barato e rápido – fazer terapia do que ficar 5 anos estudando teorias e práticas psicológicas?
Claro que todos nós somos livres para escolher e os motivos de cada um são particulares e individuais. No meu caso, sempre gostei de estudar e ainda mais de estudar matérias como história, filosofia, literatura e, com o tempo, comecei a ler livros de autores como Freud e Jung. Embora as divisões das ciências sejam até certo ponto arbitrárias – é sempre importante lembrar sobre a necessidade da interdisciplinaridade – eu fiquei confuso na época do vestibular porque queria cursar todas as faculdades de humanas. Fazendo uma seleção mais apurada vi que realmente o melhor curso para mim era a psicologia.
Sempre fui mais introvertido do que extrovertido e isto responde também uma dúvida que já recebi. O profissional da psicologia precisa ser extrovertido e falar muito? Não, não precisa. O que um profissional precisa é encontrar o seu ergon, sua missão de vida, seu caminho, no sentido que os antigos davam à vocação, o que eu sou chamado a fazer nesta vida.
Quando se tem 17, 18 anos descobrir este “chamado” nem sempre é algo simples ou fácil, porém é necessário buscar mais informações e é por isto que escrevo este texto. Espero poder contribuir para ajudar quem quer ou tem interesse na faculdade mas não sabe muito bem se seria a melhor escolha. Então vamos lá:
Se você quer fazer psicologia para se conhecer, talvez seja melhor repensar. Procure um psicólogo ou psicóloga clínica e faça terapia ou Orientação Profissional.
Se você tem muitos amigos e todos adoram contar seus problemas para ti, fazer a faculdade para trabalhar com clínica pode ser uma boa opção sim. Caso você não tenha muitos recursos financeiros ou uma faculdade de psicologia próxima, uma outra opção é fazer cursos de psicoterapia. A profissão de psicoterapeuta é diferente da profissão de psicólogo clínico. Sendo que quem é psicoterapeuta não tem que prestar contas para o Conselho Federal de Psicologia. Desde que a pessoa se atualize e faça Cursos menores de psicoterapia que sejam renomados, pode vir a ser um excelente profissional – e, para ficar claro – pode ser psicoterapeuta sem ser psicólogo ou psicóloga.
Por: Felipe de Souza

DIFERENÇA ENTRE ENTREVISTA, CONSULTA E ANAMNESE


A técnica da entrevista procede do campo da medicina, e inclui procedimentos semelhantes que não devem ser confundidos e nem superpostos à entrevista psicológica. Consulta não é sinônimo de entrevista. A consulta consiste numa assistência técnica ou profissional que pode ser realizada ou satisfeita, entre as mais diversas modalidades, através da entrevista. A entrevista não é uma anamnese. Esta implica numa compilação de dados preestabelecidos, que permitem fazer uma síntese, seja da situação presente, ou da história de doença e de saúde do indivíduo. Embora, se faça a anamnese com base na utilização correta dos princípios que regem a entrevista, porém, são bem diferenciadas nas suas funções.

Na anamnese,  o paciente é o mediador entre sua vida, sua enfermidade, e o médico. Quando por razões estatísticas ou para cumprir obrigações regulamentares de uma instituição, muitas vezes, ela é feita pelo pessoal de apoio ou auxiliar. A anamnese trabalha com a suposição de que o paciente conhece sua vida e está, portanto, capacitado para fornecer dados sobre a mesma. Enquanto que, a hipótese da entrevista é de que cada ser humano tem organizado a história de sua vida, e um esquema de seu presente, e destes temos que deduzir o que ele não sabe. Ou seja, “o que nos guia numa entrevista, do mesmo modo que em um tratamento, não é a fenomenologia reconhecível, mas o ignorado, a surpresa”(GOLDER, 2000, p.45). Nessa perspectiva, Bleger (1980) compreende que, diferentemente da consulta e da anamnese, a entrevista psicológica tenta o estudo e a utilização do comportamento total do indivíduo em todo o curso da relação estabelecida com o técnico, durante o tempo que essa relação durar (p.12).

A entrevista psicológica funciona como uma situação onde se observa parte da vida do paciente. Mas, nesse contexto não consegue emergir a totalidade do repertório de sua personalidade, uma vez que não pode substituir, e nem excluir outros procedimentos de investigação mais extensos e profundos, a exemplo de um tratamento psicoterápico ou psicanalítico, o qual demanda tempo, e favorece para que possa emergir determinados núcleos da personalidade. Este tipo de assistência, também não pode prescindir da entrevista. Esta que apresenta lacunas, dissociações e contradições que levam alguns pesquisadores a considerá-la um instrumento pouco confiável. Mas, com diz Bleger (1980), essas dissociações e contradições, são inerentes à condição humana, e a entrevista oferece condições para que as mesmas sejam refletidas e trabalhadas.

http://www.algosobre.com.br/psicologia/a-entrevista-psicologica-e-suas-nuancas.html